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Professor da UEG acusado de crimes sexuais contra alunas é exonerado

Decisão publicada no Diário Oficial determina que professor não poderá assumir qualquer cargo público pelos próximos dez anos. Docente tem ainda dez dias ...

Professor da UEG acusado de crimes sexuais contra alunas é exonerado
Professor da UEG acusado de crimes sexuais contra alunas é exonerado (Foto: Reprodução)

Decisão publicada no Diário Oficial determina que professor não poderá assumir qualquer cargo público pelos próximos dez anos. Docente tem ainda dez dias para recorrer da decisão. Universidade Estadual de Goiás (UEG) em Anápolis, Goiás Divulgação/MP-GO Acusado de assédio sexual e moral por alunas em 2023, o professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG) foi exonerado da instituição. A primeira denúncia contra o professor foi feita por uma aluna, com 24 anos na época, para a ouvidoria da instituição de ensino e para Polícia Civil, em junho do ano passado. O g1 tentou contato por meio de mensagem de texto com a defesa do professor para um posicionamento, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp De acordo com a decisão publicada no Diário Oficial do Estado de Goiás nesta sexta-feira (13), o professor foi exonerado por “prática das transgressões disciplinares” e não poderá assumir cargo, função, mandato ou emprego público estadual pelos próximos dez anos. A universidade informou em nota que ele tem 10 dias para recorrer da decisão. LEIA TAMBÉM Ex-alunas denunciam professor de química por assédio moral e sexual dentro da UEG Defesa de professor da UEG suspeito de abuso sexual atribui acusações ao rancor de ex-alunas: 'Falta de capacidade' Apalpadas e beijo no pescoço: veja relatos de alunas que denunciam professor da Universidade Estadual de Goiás por assédio sexual Relembre o caso Em junho de 2023, uma estudante de 24 anos formalizou uma denúncia na Ouvidoria da instituição e na Polícia Civil contra o professor por assédio sexual. Depois dela, ex-alunas do curso de química industrial da Universidade Estadual de Goiás (UEG) também denunciaram o professor, por assédio sexual e moral dentro do campus Henrique Santillo, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. De acordo com as vítimas, elas estudaram no local entre 2008 e 2010 e que o professor se aproveitava da sua posição para investir sexualmente contra as alunas. A partir da primeira denúncia, a Polícia Civil passou a apurar o caso. Na época em que as denúncias foram feitas, o então advogado de defesa do docente, Wilson de Oliveira Araújo, disse ao g1 que as acusações foram feitas devido a um suposto “rancor” das estudantes por não terem sido aprovadas ou se sentido prejudicadas nas matérias que cursaram com o professor. A defesa afirmou ainda que reprovações aconteceram por “pura falta de capacidade delas”. Ainda segundo o advogado, na época, as denúncias tinham o objetivo de sujar a honra do professor, que trabalhou no Câmpus Henrique Santillo, em Anápolis, desde 1999. Em nota, a Universidade Estadual de Goiás (UEG) informou que, quando foi acionada pela aluna por meio da ouvidoria da instituição, foi instaurada uma sindicância para apurar o caso. A universidade afirma também que tomou providências para que o docente não tivesse mais contato com a aluna que formalizou a denúncia. Depois da sindicância, a universidade abriu um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e o professor ficou afastado da instituição até agosto deste ano. Ao retornar, ele teve suas atividades restritas à pesquisa desenvolvida em laboratório específico. Nota da Universidade Estadual de Goiás A propósito das informações solicitadas, a Universidade Estadual de Goiás informa que: - Assim que foi acionada, via ouvidoria, e teve conhecimento das denúncias contra o professor instaurou sindicância para apurar as informações e tomou providências para que o docente não tivesse mais contato com a denunciante; - A partir da sindicância foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que teve o seu relatório final encaminhado à autoridade julgadora em março deste ano. Neste intervalo, foram necessárias diligências complementares que, concluídas, subsidiaram a decisão da autoridade julgadora; - Em meados de agosto o tempo legal de afastamento do docente se encerrou e ele voltou às atividades na Universidade, no entanto, suas atividades ficaram restritas à pesquisa, que é desenvolvida em um laboratório específico; - Nesta sexta-feira,13/09/2024, foi publicado no Diário Oficial do Estado o Decreto, no qual o docente sofreu pena de demissão. A partir da intimação da decisão, o professor terá 10 dias para recorrer. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás